quarta-feira, 29 de abril de 2009

As (dez) motivações dos jovens para a política!

Recepção, Partilha e Integração
O bem-estar dos jovens numa estrutura partidária começa pela sua recepção. O primeiro momento (quando existe) define os seus destinos, enquanto membros do grupo. Bem receber implica ouvir os jovens e perceber os seus interesses, os seus valores e as suas disponibilidades. Bem receber implica também explicar-lhes a organização, o programa e os estatutos da estrutura e mostrar aos jovens os lucros potenciais das suas participações.

Abertura à Sociedade
Os jovens gostam de discutir a sua freguesia, a sua cidade e o seu país. Não têm interesse nenhum em discutir, por si só, o seu núcleo, a sua concelhia ou o seu partido. Exigem uma postura das Jotas e dos Partidos “para fora”, de olhos postos na sociedade civil, nos problemas reais dos jovens. Para os jovens, as estruturas não devem existem para se servirem a si mesmas.

Actividade e Participação
Para os jovens, as estruturas existem quando demonstram actividade e as estruturas interessantes existem quando a actividade que demonstram vai ao encontro dos interesses dos jovens. O limite à participação política deve ser escolha dos jovens e não das estruturas. Estas devem estar sempre abertas à plena participação de quem nela queira participar. A participação deve ser valorizada, como incentivo à continuidade e ao reforço da vontade.

Mobilização e Personalização
O interesse dos jovens pela política pode ser natural ou induzido. Se não é natural, deve ser induzido. Meios de comunicação activos são por norma mais eficientes. Os jovens gostam de ser contactados de forma personalizada e não como membros de mais uma mailing list qualquer. Gostam de se sentir importantes para a organização.

Acção e Envolvimento
Os jovens gostam de acção. Gostam de fazer, de concretizar. Para os jovens um estudo só é bom se aplicado à prática, com efeitos visíveis. Para teoria, bastam tantas disciplinas de um ensino mal enquadrado. E se a dita acção tiver a sua assinatura, melhor ainda. Gostam de se sentir envolvidos. Gostam de dar o seu contributo.

Conhecimento
Nesta Sociedade do Conhecimento, os jovens procuram saber sempre mais e melhor. O envolvimento na política pode permitir aos jovens o acesso à melhor informação e em primeira-mão. É um trunfo da política, a não descurar.

Discussão
Os jovens são irreverentes. Gostam de discutir temas fracturantes da sociedade, sem táctica nem estratégia, sem tabus nem preconceitos. Gostam de fazer ouvir o seu ponto de vista. Gostam de diálogo e debate. Detestam monólogos, palestras chatas e sobretudo que lhes cortem a palavra, com a desculpa que “são jovens… não pensam”.

Liberdade
Os jovens amam a liberdade! Não admitem que ninguém lhes imponha padrões ou bons exemplos. Gostam de seguir os exemplos em que acreditam porque acreditam mesmo e não porque alguém, dito mais experiente, mais sabedor ou mais conhecedor os quer fazer acreditar. Gostam, em liberdade, de ser o seu próprio exemplo.

Utilidade e Oportunidade
As estruturas devem ser úteis aos jovens, trabalhando na resposta às suas preocupações: ensino, emprego, habitação e segurança! É na sintonia das causas que reside o segredo do sucesso. Devem por isso, de forma prática, trabalhar em estreita ligação às Escolas, Universidades e Empresas e criar a oportunidade a quem nelas participa. Para que participe e volte a participar.

Prazer, muito prazer
A militância é uma escolha pessoal e exige o prazer de fazer política. Contribuem para o prazer de se ser militante os momentos de boa disposição e companheirismo. A participação activa dos jovens na política implica, entre todos, a partilha da opinião quando é possível e o respeito pela diferença se for o caso. Mantém-se a liberdade, ganha-se a amizade e o prazer de ser militante.

Assim acredito.
Viva a JSD!
Daniel Fernandes

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