Caros companheiros Sérgio Vieira e Pedro Sampaio,
Tendo lido os vossos comentários, em resposta a comentários meus inseridos na carta aberta aos militantes do núcleo de Paranhos, publicada pelo nosso companheiro Luís Proença, não posso deixar de tomar uma posição sobre os mesmos.
Não respondo ao companheiro Pedro Sampaio, dado o carácter insultuoso dos seus comentários, porque Carácter é algo que prezo, e tal impede-me de “descer” ao mesmo nível do insulto pessoal e da politiquice barata que não pratico.
Caro companheiro Sérgio Vieira,
Permite-me discordar, mas a letra da alínea f) do artigo 50º dos Estatutos do Partido Social Democrata, não deixa margem a dúvidas de interpretação, porque dar parecer sobre as listas de candidatura aos órgãos autárquicos, é dar parecer na sua plenitude, isto é, sobre as listas à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia. E dar parecer sobre as listas (candidaturas), implica o conhecimento dos nomes que integram as respectivas listas.
Ora acontece, que não foi este o parecer dado na Assembleia de Secção de Março, pois nem sequer eram conhecidas as respectivas listas.
E mesmo, que um documento aprovado em plenário, dando “determinados” poderes à Comissão Política de Secção, não pode “revogar” um preceito estatutário, que é inalienável e de cumprimento obrigatório por todos os militantes do PSD e obviamente por todos os órgãos eleitos.
Espero pois que sejam cumpridos os Estatutos do PSD, e que a Assembleia de Secção, pelos vistos a ser marcada para Setembro pf, tenha tal em consideração.
Provavelmente, com a vossa visão de “poder absoluto”, acharão que é uma maçada, discutir candidaturas num plenário, só que além de estatutário, é o único caminho transparente, democrático e que honra a história do PSD.
Caro companheiro Sérgio Vieira,
Tenho honra na minha militância activa de 33 anos, pelo que dispenso os comentários que são ofensivos da minha dignidade de militante, “ Isto não é o PS” “ não anda por aí nenhum Manuel Alegre”. Eu não gosto de insinuações.
Não quero dar lições de democracia a ninguém, mas também não as recebo, tendo orgulho no que fiz em toda a minha vida política, sem esperar o que quer que fosse em troca. Pertenço a uma geração que veio para a vida política por amor à causa, e tenho da política uma visão de serviço público ao cidadão. E é assim que continuarei a fazer política. Por isso dispenso a “politiquice” barata e dos interesses.
Lamento que o Presidente da Comissão Política de Secção, em ano de combates externos, não procure consensualmente posições, como penso que seria o seu dever, contribuindo para a união necessária do PSD do Porto, mas queira assumir um protagonismo de ostracismo, de quem pensa eventualmente diferente e daqueles que ousaram serem seus concorrentes numa eleição partidária.
Para mim os adversários políticos, não são, nem nunca serão os meus companheiros do PSD, mas sim os outros partidos políticos.
Por isso, e porque Portugal, o Porto e o PSD, são mais importantes, daremos quer o queiram, quer não, o nosso contributo nos próximos combates eleitorais.
Luís Artur
3 comentários:
Uma palavra em relação aos alegados insultos. No nosso país, aqui e ali, ainda ouço vociferar solitários de mãos dadas com esse estribilho para o melhor e o pior (a melopeia católica não embarrica). O conserto alvitra que quem destoa dos cavaleiros da moral e dos bons costumes tenham uma visão rudimentar, comodista, precoce da verdade dos factos. Mas afinal quem é que incendiou o rastilho com uma carta aberta, a carpir mágoas inúteis e incompreensíveis? Com a ideia fixa que teria algum direito de sucessão eterno? As criticas, seguramente, algumas, puderam ser mais susténs mas ainda assim não instituem qualquer injúria, apenas um desnudar das lamechices que um correligionário propagou. Mas devo dizer que vejo amiúde, em situações de ataque emotivo, as pessoas envolvidas dificilmente coabitarem, por ser esse o mecanismo consolidado nas suas cacholas para lidarem com as derrotas, a sua total vacuidade de cadência para aceitar direcções democraticamente eleitas é pública. Basta exprimir que na primeira reunião plenária depois de Sérgio Vieira ter sido eleito, alguém dessa tendência, esmolava que ele se depusesse. Enigma ultrapassado, regressam ao corte sob dois agasalhos. Os amanhos fraccionastes serão cada vez mais rigorosos, considero intolerável decretar catálogos e frases soltas que denunciam um asco de estimação a quem tem o dever de fazer selecções enquanto líder. Nuclear pendência: Se a equipa de Sérgio Viera não cumpre, alegadamente, os estatutos que esperam para se queixarem aos órgãos competentes? Ou a perfeição em cinemascópio dos filmes da Disney propicia uma paz virulenta e falsa? Inadmissível e sobretudo incauto, a marca de cada uma das vossas querelas não ter consequência a ser verificada, na vossa perspectiva, uma transgressão estatutária, não é? - nem nunca foi! - Assegurada pelo seu molde estrutural. Como a boa música, ela apoia-se mais em executantes talentosos e afinados do que na acústica do lugar escolhido para o concerto.
Saudações a todos.
Hugo Bessa Leite
Meu Caro Luís Artur.
Agradeço as suas palavras. Tem razão...não me passe cartão! Relendo o meu anterior comentário vi efectivamente os nomes feios que chamei, os palavrões que escrevi e acima de tudo a mentira que disse, quando referi que estavam à mesa do restaurante do antigo hotel Castor no dia 6 de Março! Para além disso, efectivamente inventei: não vi nas fotografias quaisquer croquetes ou rissóis. Saiu-me!
E também tem razão: quem me conhece no PSD ou na minha vida profissional sabe que o insulto pessoal é a minha imagem de marca!
Não perca tempo comigo...!
Outra coisa em que tem razão: só faço politiquice barata! E a mais barata que faço é na Junta de Freguesia de Paranhos, porque a crise também chega aos Pelouros. A outra, no Núcleo, que felizmente, à custa do insulto pessoal e da calúnia lá vai crescendo a bom ritmo e a tornar-se (imagine..!) respeitado, nem barata é! é de graça...
Outra coisa se me permite. Não fique assim tão mal disposto. "Isso" dá cabo de nós!
Com votos de muita saúde e sucessos profissionais. um abraço do seu companheiro de Partido
Pedro Sampaio.
ps: não precisa de retribuir! Ah... e por favor... deixe lá ficar este comentário...
Caro Luís Artur,
Impõem-se dois esclarecimentos:
1- Desde que, "recentemente", existe Concelhia do PSD no Porto, Março de 1998 (houve nos primórdios do Partido), o preceito estatutário que evoca em Plenários de Militantes no Porto, é cumprido através da aprovação de um Perfil Geral de Candidatura aos Orgãos Autárquicos.
Foi assim em 2001 e 2005, onde obtivemos duas vitórias. Será assim em 2009, nada nos Estatutos mudou para que fosse diferente.
Como é óbvio, compete à Comissão Política Concelhia prôpor, ouvidos os Núcleos, Listas às Juntas e à CMP e AMP.
Poderia ser diferente. Mas para isso os Militantes do PSD do Porto teriam de ter eleito outra Comissão Política, o que não aconteceu. A Comissão Política que presido fez aquilo que prometeu fazer. Passa pela cabeça de alguém fazermos o contrário ao que nos propusemos?
Em Outubro o PSD do Porto avaliará se fizemos bem, ou não.
2-As Comissões Políticas de Núcleo, para mim, têm a liberdade de prôpor, sem interferências da Concelhias, Listas às Freguesias. São os Núcleos quem melhor conhece a realidade dessa Freguesias.
Para a CMP, AMP e Juntas não existe nenhuma "quota" especial para Militantes que integram o "Porto Laranja", mas isso não é impeditivo de fazerem parte delas. Aliás, há casos em que isso acontece, o que é normal.
Mas também devo dizer que acho estranho que alguns mostrem-se disponíveis para integrarem uma Candidatura com cujos procedimentos estatutários discordam em absoluto..
Só espero que neste clima, habitualmene "quente", de elaboração de Listas todos compreenadam que, em 11 de Outubro, o que estará em causa, mais do que o Nosso PSD, é o Nosso Porto.
Saudações Sociais Democratas.
Sérgio Vieira
P.S.- A Lista candidata à Junta de Freguesia de Paranhos é uma grande Lista. É fruto de um trabalho sério e dedicado do Núcleo de Paranhos Presidido pelo Companheiro Pedro Sampaio, que tenho a honra de ser meu 1º Vice-Presidente.
Sim,porque o 1º Vice-Presidente que apresentei aos Militantes do PSD do Porto é um trabalhador incansável pelo PSD, com provas dadas. Não é alguém que gosta muito de se ouvir a si próprio e a pautar a sua actuação por ataques destemperados a Companheiros do Partido.
Não tenho dúvidas que nas últimas eleições para a Concelhia os Militantes também se pronunciaram sobre quem devia ser o 1º Vice da Concelhia.
Então em Paranhos, onde foi Candidato único, que mais há para dizer?
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