sexta-feira, 6 de março de 2009

É hoje!

O telemóvel tocou. Era uma mensagem escrita com um conteúdo bastante explícito: “ Não te esqueças que hoje é o jantar do Porto Laranja”. Todos os meses o ritual é o mesmo: no fim do dia encontramo-nos no restaurante habitual para debater. Falamos dos mais variados temas desde a educação, à cultura, passando pela economia ou mesmo a regionalização.

Todavia apesar de os portuenses se unirem para debater, a Sociedade continua de olhos vendados a quem nos governa e a quem lhes faz oposição. Vivemos num país que vive sob a lei do umbigo e todos os acredito cada vez mais que esta minha reflexão se vai tornando mais uma convicção principalmente nos jovens. Ainda tentei reflectir de quem seria a culpa, mas existem múltiplos vectores: pode ser da educação que os nossos pais nos deram, do governo ou da sociedade que nos empurra para este tipo de atitudes…. A resposta é uma incógnita e deixo-a como mote de um trabalho para os sociólogos deste país. Assim sendo, independentemente dos sounds bites, dos outdoors, o importante é a Juventude não se esquecer que o Futuro Somos Nós e parte de cada um nós ajudar este país a evoluir e a ultrapassar as dificuldades que atravessa.

Mas a verdade é que quando olho para os jovens que constituem o nosso Partido revejo neles “João da Ega” ou “Carlos da Maia”, personagens do romance “Os Maias” de Eça de Queirós. São jovens com mentes auspiciosas mas no entanto as ideias apenas se concretizam em palavras, esquecendo-se muitas vezes do legado que Sá Carneiro nos deixou e das suas palavras : “Podemos sentir ou não vocação para o desempenho de atitudes ou de cargos políticos, podemos aceitar ou não as condições em que estamos, concordar ou não com a forma como a intervenção nos é facultada, mas não temos o direito de nos demitirmos da dimensão política, que, resultante da nossa liberdade e da nossa inteligência é essencial a condição de homens.”

Orgulho-me de ser portuguesa, social-democrata, de pertencer a este grupo mas gostaria de ver um Portugal mais vivo, mais activo onde a sociedade se movesse pelo interesse do país e não pelo seu bolso. Mais, onde a sociedade se movesse por esclarecer a população portuguesa quer com debates quer com acções de cidadania. Só tenho que louvar o Porto Laranja e consequentemente quem o criou pois graças a ele o Porto cresceu e espero que o Pais também.

Adriana Neves

4 comentários:

Ana Sofia disse...

Estamos cá para lutar contra a monotonia dos políticos e dar o nosso contributo qualificado para a melhoria do país. O futuro constrói-se com estes contributos. Felicito o Porto Laranja e a Adriana pelos grandes contributos que têm dado à vida política portuense e não só.

Anónimo disse...

"Todos os meses o ritual é o mesmo: no fim do dia encontramo-nos no restaurante habitual para debater."

O restaurante habitual não me parece uma boa escolha. Todos os meses no mesmo sítio...nop... :-s

Rita

luis cirilo disse...

Pois olhe e co o devido respeito eu cada vez vejo mais personagens tipo "Dâmaso Salcede" ou "Eusebiozinho".
Para não falar em alguns tipo "Palma Cavalão"...

luis cirilo disse...

No partido em geral e não exclusivamente nos jovens.
Nesses,como nos outros,há de tudo.