quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Coesão Social contra a Indiferença

O ano de 2011 foi declarado pela União Europeia, ano europeu do voluntariado.


Numa altura em que assistimos à degradação da situação económica e financeira de Portugal, com a subida em flecha do desemprego, da exclusão social e da pobreza torna-se mais premente a promoção de uma cidadania activa, e do voluntariado para ajudar a promover uma melhor coesão social.


É absolutamente crucial o desenvolvimento do terceiro sector e a aposta na economia social, nas industrias sociais, em soluções integradoras, como forma de inclusão, de reforço da solidariedade e justiça social, mas também como dinamizadora da economia e da criação de emprego.


Uma visão puramente assistencialista do Estado, apenas serve para perpetuar a pobreza e aumentar os riscos de exclusão social.


O Estado não tem que substituir a sociedade e a cidadania, precisa é de a fortalecer, garantindo-lhe capacidade de intervenção, através da regulação, fiscalização e financiamento das políticas de índole social.


A dinamização da Economia Social sustentável e geradora de emprego, como alternativa à lógica da mera subsidiação, parece-me assim a melhor forma de Hoje concretizarmos uma maior justiça social, promovendo a inclusão, combatendo a pobreza, e dando dimensão social à cidadania.


Vale pois a pena, neste ano europeu do voluntariado, reflectir sobre o papel das Pessoas e do Estado, na concretização do modelo social, por isso relembro pela sua importância, os objectivos da "Declaração de Bruxelas":


Reforçar a contribuição dos voluntários e organizações voluntárias na promoção da autonomia e inclusão social (voluntariado “com” pessoas em situação de pobreza e exclusão social);


Melhorar a inclusão do voluntariado e a concretização do seu potencial para ser um meio de inclusão social e de cidadania activa (promover o voluntariado "por" pessoas em situação de pobreza e exclusão social);


Certificar que o voluntariado é um direito de todos, proporcionando e incentivando um ambiente jurídico para a participação activa das pessoas em situação de pobreza e exclusão social;


Reconhecer e reforçar o potencial do voluntariado como uma forma de adquirir competências e reforçar a empregabilidade.


Luis Artur

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