A Dra. Manuela Ferreira Leite fez as listas de candidatos a deputados à Assembleia da República. As suas listas são agora as listas do PSD, isto é as nossas listas.
Não concordo com a opção de deixar de fora o Pedro Passos Coelho, o Miguel Relvas ou o Feliciano Barreiras Duarte como também não concordei quando os nomes eram os do Pacheco Pereira ou o Duarte Lima.
Penso que o PSD precisa de todos aqueles que tem um curriculum de credibilidade para ganhar Portugal. Foi assim em 1987 e 1991. Crescemos. Sabendo abrir umas vezes mais à direita, outras mais à esquerda.
Esta é uma lição de pluralidade do PSD.
Um quadro de referências políticas apostando no reformismo da sociedade portuguesa com uma matriz de apoio à iniciativa privada, com preocupações sociais e uma forte vontade de mudança.
O último artigo de José Sócrates, no JN, revela uma pobreza de ideias cuja referência ao salazarismo evidencia o estado a que o PS chegou. Um deserto de ideias e um amontoado de palpites e subsídios.
Os próximos tempos vão obrigar a um PSD unido e coeso.
Um PSD que também tem de compreender que deve continuar unido e coeso a seguir às eleições.
Resta saber se todos estão para aí virados. Os que apoiam a Dra. Manuela Ferreira Leite e os outros.
Unidade não quer dizer unicidade. Coesão não implica disciplina.
Tenho pena que o Prof. Luis Lobo Fernandes tenha saído. É indiscutivelmente um valor da sociedade civil e da academia. É um homem livre e adepto do politicamente incorrecto.
O seu grito deve ser interpretado como um desabafo de muitos eleitores do PSD que não compreenderam a atitude da Dra. Manuela Ferreira Leite.
Eu também não compreendi, mas pelo menos procuro encontrar um critério: arguidos só os nossos.
António Tavares
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