quarta-feira, 24 de março de 2010

Porque apoio o José Pedro

Conheci-o nos primórdios da década de 80, quando integrámos a Comissão Política Distrital da JSD do Porto. Já na altura era bem visível a autoridade que de si emanava e reconhecida por todos, fossem-lhe ou não afectos, na JSD ou no Partido. A autoridade própria de quem sabe e acredita por onde vai e opta e acredita porque sabe. Desde então, foram quase 3 décadas de um percurso comum ou em paralelo, sempre irmanados por semelhantes concepções e forma de estar.
Falo e actuo por convicção e não por conveniência – uma frase que lhe ouvi várias vezes, reflectindo na perfeição o seu perfil enquanto político e enquanto pessoa e uma consistente recusa em se desviar de princípios basilares. Num mundo em que o “parecer” sobreleva o “ser”, uma tal postura é geralmente penalizadora e preterida a favor de outras mais demagógicas e que defendem o indefensável.
Isto fê-lo desde sempre rejeitar liminarmente atitudes e comportamentos de cariz populista, embora consciente de que esse seria o caminho mais fácil e eficaz. Razões de idealismo ou de simples racionalidade, levam-no a recusar o sempre efémero benefício imediato se este amanhã acarretar juros e obrigações para os seus filhos – e ele tem muitos! Ou seja, entre a próxima eleição e a próxima geração, ele escolherá, indubitavelmente, esta última.
Esta rigidez de princípios é uma constante na sua atitude e está presente mesmo nos actos mais simples. É hoje evidente que a sua candidatura foi penalizada pelo limite temporal que ele havia definido por defeito – não se pronunciar sobre questões partidárias antes da discussão do Orçamento de Estado – e pela antecipação oportunista de uma outra, denotando alguma batota à custa da transparência alheia. Ressalta aqui uma faceta da sua personalidade, cuja ausência é sempre (bem) criticada nos políticos, mas a existência nunca louvada: ser verdadeiro e cumprir com aquilo que se assume em todas as circunstâncias, recusando sempre o pecado e o pecadilho.
É óbvio que alguém consciente não toma a decisão de se candidatar a líder do PSD, que é sempre um potencial 1º ministro, em função da data de um debate parlamentar. No caso do José Pedro, ela foi maturada em anos de estudo e reflexão sobre o País e sobre o Partido, na busca das ferramentas mais adequadas para o exercício da liderança num contexto de crescente turbulência. Mas a sua hierarquia de valores jamais lhe permitiria sobrepor o timing do anúncio às suas responsabilidades enquanto líder parlamentar e àquilo que considerava ser o interesse nacional, a discussão do orçamento numa das piores conjunturas financeiras de sempre. Ainda que à custa de danos próprios.
A sua maturidade e sentido de responsabilidade veda-lhe prometer o paraíso na terra, os “amanhãs que cantam” ou todo aquele manancial de soluções tão “milagrosas” quão irrealistas em que é fértil a imaginação dos políticos demagogos. É culto q.b. para saber que a sociedade se move para além da política e apesar da política. As suas constantes referências aos self-made men que estiveram na origem do PSD, denotam que é portador do “código genético” do Partido, que está bem consciente do seu potencial de verdadeira “mudança” e “ruptura” e que a solução reside no melhor recurso de qualquer organização ou País, as pessoas. O papel de uma boa liderança consiste apenas em saber motivá-las e criar as condições para que libertem as suas energias criativas. A verdadeira inovação, o investimento (re)produtivo, o emprego, a criação de riqueza, surgirão naturalmente de forma espontânea e descentralizada. No fundo, a têmpera excepcional, hoje tão mitificada, de políticos como Sá Carneiro ou Cavaco Silva, residiu sobretudo na humildade de confiarem mais na sociedade civil do que em si próprios.
José Pedro Aguiar-Branco opta por esta senda, consciente que irá calcorrear o caminho mais arriscado para si, mas que melhores horizontes abrirá a todos. Tem a força tranquila da persistência e da determinação, atributos indispensáveis a um líder para inverter o sentido sempre erróneo das multidões. E fundamentais para gerar a confiança.
Conheço-o há muito tempo e confio. Por isso já optei. Convictamente.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Porque apoio José Pedro Aguiar Branco

Portugal, vive hoje tempos difíceis, marcados por um aumento da pobreza do País e dos cidadãos, por uma sociedade que atravessa uma crise económica, social e de valores, com um crescimento económico estruturalmente baixo, e a divergir da média europeia, um desemprego alto e uma dívida pública e externa, alarmantes, que afectam o presente e marcam desde já negativamente o futuro.

A economia portuguesa está numa encruzilhada, muito por responsabilidade da incompetência e das opções do governo socialista.

O PSD, tem que voltar a ser a esperança de Portugal. Os portugueses exigem respostas concretas e não meros exercícios de retórica, que permitam ao País voltar a ser governado, tendo em conta a melhoria de vida das pessoas.

Sem conservadorismos de uns, ou liberalismos de outros, o que é necessário é uma politica reformista, que retome a esperança, cultive a ambição, que inverta a situação de pobreza e mobilize Portugal, com um projecto nacional que na próxima década torne possível aproximar o nível de vida dos portugueses do nível médio de vida europeu.

O PSD tem que retornar aos seus valores fundacionais, interpretando a sua matriz personalista e humanista, que nos legou Francisco Sá Carneiro, mostrando-se sensível, liderando e promovendo na sociedade, as reformas, a livre criatividade e iniciativa, que traduzam as soluções para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses.

Ou seja, o País tem que mudar de vida.

As dificuldades são enormes, pelo que o futuro líder do PSD e próximo Primeiro Ministro de Portugal, terá que ser uma pessoa convicta nas opções, firme na acção, com sentido de Estado, dialogante, e que tenha em boa conta a concertação, pois só em cooperação com as forças sociais e em torno de reformas sustentadas para o País, será possível dar um novo rumo a Portugal.

Não tenho dúvidas, que José Pedro Aguiar Branco, pela sua maneira de ser, pela seriedade a que se impõe, pela vontade férrea que tem em resolver problemas, pela experiência política, pelo sentido de estado que demonstra, mas sobretudo pela capacidade de liderança, de enfrentar desafios e pela bondade das propostas que tem para Portugal, numa via reformista social democrata, é claramente entre os candidatos a líder do PSD, o melhor e que nos dá garantias de ganhar as eleições e mobilizar os portugueses, em torno de um projecto nacional, de forma a tornar Portugal mais justo, mais solidário e com o orgulho de um povo com quase novecentos anos de história.

Por tudo isto, apoio convictamente José Pedro Aguiar Branco, para próximo líder do PSD.

Luís Artur