sábado, 28 de novembro de 2009

A Vitória de Pirro

Acabaram as eleições para a Concelhia do PSD do Porto com a vitória muito previsível da Lista A. A expectativa era em volta do nosso resultado (30%)
Da nossa parte, como Lista R, procuramos contribuir para o debate político da maneira que sabemos. Com ideias e com vontade de fazer mais e melhor.

O resultado não nos surpreende. Surpreendente foi o resultado obtido nas eleições para a Assembleia Distrital onde se atingiu 48% do eleitorado. É certo que aqui o empenho e a procura de manipulação dos eleitores foram muito mais reduzidos.
Uma nota fica como a mais significativa destas eleições. A Lista vencedora não tinha um programa político. Bastou-lhe invocar o nome do nosso companheiro Rui Rio para ganhar. E bastou.

Aqui chegados uma reflexão urge fazer. Vou apoiar-me no artigo de Pedro Santana Lopes (PSL) no Sol (27.11.2009) intitulado “O PSD pode acabar?” e na entrevista de António Barreto ao jornal I (28.11.2009).
PSL diz “no PSD não se discutem ideias nem programas” e salientando o facto que o PSD não ultrapassa os 29% de eleitorado porque se continua a disfarçar as causas que estão na origem desta situação.

Concordo com PSL quando diz que ir já para directas é disparate.

Necessitamos de saber o que pensam as pessoas que querem liderar o PSD.

António Barreto diz mesmo que “ Portugal está à beira da irrelevância, talvez do desaparecimento”. Barreto diz com a autoridade de quem não teve medo de apoiar Sá Carneiro num outro momento difícil da vida portuguesa. Hoje a politica não é uma vocação mas antes uma carreira e Barreto define que os políticos o que querem é gente que “participe, mas que se limitem a subscrever, e passivamente. Se se quiser participação há que respeitar as pessoas, dando-lhes conhecimento, informação e manifestando respeito pelas opiniões contrárias. Participar é isso. Quando não se quer que as pessoas participem faz-se propaganda: exigindo obediência ou impassibilidade.”

Nas eleições da Concelhia do PSD do Porto aconteceram muitas coisas. A tentativa de ligar o sucesso de Rui Rio à condução politica do partido quando isso não estava em causa.

O facto de se procurar insistir numa ideia que por absurda impedia a unidade connosco.

Rui Rio vai continuar a sua existência enquanto muitos dos nossos oponentes não terão lugar a uma nota de rodapé neste caso

Existe acima de tudo uma certeza. Todos nos conhecemos o suficientemente bem para saber que, muitas vezes, o que une não são as convicções antes os interesses.

A história irá explicar o que aconteceu. Nós vamos continuar a andar por aí. Com mais força, com mais vontade e mais determinados.

Obrigado aos militantes do PSD. A Todos porque a vitória é deles. Ao participarem criaram condições para fazer desaparecer o medo. Agora é mais fácil fazer politica no PSD do Porto.

Contem connosco para o futuro.

Afinal todos sabemos o que aconteceu a seguir á vitória de Pirro.

ANTÓNIO TAVARES

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lista R - Candidatura à Concelhia do Porto do PSD

Siga a campanha da Lista R, candidata aos órgãos da secção do Porto do Partido Social Democrata em http://luisarturpereira.blogspot.com/

Agenda:
  • Quinta-Feira, Dia 26, 21h30, Apresentação da Lista R na Junta de Freguesia do Bonfim (Campo 24 de Agosto).

  • Sexta-Feira, Dia 27, 18 às 23h, Eleições Concelhias na Sede Distrital do PSD Porto (Rua Guerra Junqueiro).

Pela Unidade do PSD, Vote. Participe!

domingo, 15 de novembro de 2009

Resultado da Eleição de Delegados à Assembleia Distrital do PSD do Porto, pela Secção do Porto

Caras(os) Companheiras(os)

Os resultados obtidos pela Lista R, nas eleições para delegados à Assembleia Distrital do PSD - Secção do Porto, liderada pelo António Tavares, são extremamente positivos e mobilizadores para o futuro.

O que nos motiva, é o debate de ideias, a formulação de propostas e a livre participação dos militantes, para um PSD do Porto mais identificado com os seus valores fundacionais e com a sociedade civil.

Tivemos um excelente resultado eleitoral, que demonstra que o caminho que estamos a fazer, tem cada vez mais adesões, o que nos anima, para continuarmos a defender valores e princípios, e sabendo que poderemos construir a Unidade do PSD do Porto, que não a Unicidade, pretendida por alguns. Queremos um partido de militantes livres, e com voz junto dos portuenses.

A lista R, obteve 48% dos votos, elegendo 60 dos 125 delegados à Assembleia Distrital. Um resultado que permitirá a participação em quantidade, mas sobretudo em qualidade técnica e política, de muitos companheiros na Assembleia Distrital. Perdemos apenas por 12 votos (143 contra 155 da lista A) e nas condições difíceis em que decorreu o acto eleitoral, é um resultado que nos orgulha.

Saúdo todos os companheiros, que exerceram o seu direito de voto, e agradeço a confiança daqueles que votaram na Lista R.

A todos muito obrigado, e tenham a certeza que não os iremos desiludir.

Um abraço amigo,
Luis Artur

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lista R, de Candidatos a Delegados à Assembleia Distrital do Porto, Secção do Porto

Caras (os) Companheiras (os)

No próximo dia 14 de Novembro vão-se realizar eleições de delegados do PSD do concelho do Porto à Assembleia Distrital.
Com o apoio de um conjunto de militantes do Partido, conhecidos de muitos de vós, decidi apresentar uma lista candidata à Assembleia Distrital. O perfil dos militantes que a integram revela uma reconhecida capacidade de valia técnica e política. O primeiro subscritor é o Dr. ALBINO AROSO personalidade que é sinónimo de um conjunto de princípios que o PPD/PSD
sempre soube valorizar.

Faço-o porque entendo que o tempo político é de uma responsabilidade acrescida para todos os militantes do PSD.

Precisamos todos de um tempo de unidade mas não desejamos um tempo de unicidade.
A participação na Assembleia Distrital é muito importante porque permite aos militantes participarem no debate interno afirmando a convivência da pluralidade e diversidade de opiniões de modo a se constituírem as condições objectivas que permitam ao PSD voltar a ser o maior partido de Portugal.

O PSD sabe quais são os principais problemas do país e sabe também o que sobre isso pensam os portugueses.

O debate em volta das eleições distritais não pode ser só em volta dos lugares na lista dos órgãos candidatos, tem também de se fazer em torno de um programa político que não deve ser conjuntural mas com linhas estruturantes para os próximos
dois a quatro anos, num ciclo até 2013.

Este compromisso traduz-se na formulação de um desígnio, repor a Região Norte e o Porto no protagonismo histórico que são detentores e no necessário aprofundamento da descentralização através de novas entidades territoriais, na escolha de prioridades devidamente articuladas entre si – a política de emprego e crescimento, as politicas de bem-estar, com destaque para as politicas de saúde e as politicas do espírito como a política de educação e a politica de cultura.

A regionalização que Portugal precisa justifica-se por razões estratégicas e de equilíbrio económico e social. É fundamental a existência de uma segunda metrópole com massa crítica suficiente para poder assumir um papel de elemento preponderante na estruturação de toda a fachada atlântica.

Vivemos numa das regiões mais pobres da Europa a necessitar urgentemente de um desenvolvimento económico e social mais sustentado o que implica uma participação activa do PSD.

Esta candidatura não é uma candidatura contra ninguém nem pretende assumir-se como bandeira de nenhum desígnio. É uma candidatura que se justifica por uma firme vontade de contribuir para o debate político porque acreditamos que o tempo em que a politica se fazia de egoísmos deve dar lugar a um tempo de esperança no futuro.
Como dizia Francisco Sá Carneiro o Porto tem de ser uma cidade “onde os idosos tenham presente e os jovens tenham futuro".

O seu voto na Lista R é um voto no futuro e na esperança e por isso deve ser digno de quem neles confiou e de acordo com as opções estratégicas que a inovação reclama para a modernidade e a sustentabilidade da nossa Região.

Com um abraço amigo
António Tavares

Lista R - Candidatos a Delegados à Assembleia Distrital do Porto, pela Secção do Porto

Mandatário e 1º Subscritor:Albino Aroso Ramos

Candidatos
1 - António Manuel Lopes Tavares
2 - Joaquim Manuel de Sousa Patrício
3 - Luis Artur Ribeiro Pereira
4 - Carlos Eugénio Pereira de Brito
5 - António Moreira da Silva
6 - Luis Miguel Rodrigues da Rocha
7 - Manuel Pereira Gomes
8 - Paulo Alexandre Baptista Teixeira de Morais
9 - Joaquim Manuel Machado Faria e Almeida
10 - Rui Alberto Barradas do Amaral
11 - Emídio Ferreira dos Santos Gomes
12 - Ana Sofia de Magalhães e Carvalho
13 - Luis Alberto dos Santos Proença
14 - José Ricardo Sá e Melo Castro Marques
15 - António Alberto Coelho Ferro de Beça
16 - Fernando Mário Teixeira de Almeida
17 - Jorge Eduardo de Oliveira Terroso
18 - Nuno Paulo Fernandes Oliveira
19 - Eduardo Vasconcelos de Macedo
20 - Adriana Manuela Carvalho Gomes Neves
21 - César Augusto Pedrosa da Rocha
22 - José Correia Azevedo
23 - José Joaquim da Silva Lachado
24 - António Sousa Salazar da Silva

26 - Daniel Fernando Vidal Fernandes
27 - Paulo Messias Alves Lobo
28 - Luis Manuel de Castro Moreira Fernandes
29 - Filipe Canedo da Mota e Sá
30 - André Filipe Fonseca Ferreira
31 - António Paulo Salvado de Lima Moreira
32 - Nuno Francisco Sá e Melo Castro Marques
33 - Luis Manuel de Andrade Correia
34 - Maria Angelina de Sousa
35 - Sílvia Carla Grade Rodrigues de Sousa e Proença
36 - José Nuno Barbosa da Fonseca Cardoso
37 - Francisco Alberto Fidalgo Ferro de Beça
38 - Tiago Ferreira de Sousa Dias
39 - Daniel António de Jesus Vidal
40 - Inês Cristina Lourenço Mendonça
41 - Susana Catarina Adriano Coimbra
42 - Rui Joaquim Mendes Aveleda de Oliveira
43 - Jorge Manuel da Costa Dias Trabuco
44 - Manuel Ventura Machado Rey Agra
45 - José de Oliveira Torres
46 - Paula Cristina Ribeiro Vale Peixoto
47 - Albano José Correia da Cunha
48 - Fernando Ferreira Branco Soares
49 - Alfredo da Silva Teixeira
50 - António Pedro Carvalho Freitas Paiva
51 - Luis Carlos Gonçalves dos Santos Seco
52 - Simão José Ricon Peres
53 - Antero Frias da Fonseca Moreira
54 - Bernardino Rato Alves
55 - Luis Manuel Moreira Pinto de Faria
56 - Mário José Fraga Fernandes
57 - Pedro Manuel Ribeiro Pereira Dias
58 - José Fernando Nascimento Soares
59 - Hugo Fernando Nogueira César
60 - Pedro Nuno Pereira da Silva
61 - José Dias Rodrigues
62 - Maria Inês Couto dos Santos Ferreira Pinto
63 - Francisco Hermínio Brochado Pedras Esteves
64 - António Sérgio Rebelo Miranda
65 - André Filipe Pereira Vieira
66 - Paulo Alexandre do Nascimento Ferreira Magalhães
67 - Carlos João de Morais Branco
68 - Tiago João Peixoto Fonseca
69 - Maria Manuela Correia Fernandes
70 - Carmem Maria Borges Ribeiro Pinto
71 - Tiago Filipe Alves Moutinho
72 - José dos Santos Madureira Barbosa
73 - Rui Manuel Schurmann da Silva Magalhães
74 - Cláudia Soares Oliveira
75 - António Forbes de Bessa Lencastre
76 - João Miguel Salvado Ancede Freitas
77 - António Miguel Gonçalves Peixoto
78 - Sara Cristina Barbosa Amado Belo
79 - Maria Teresa Martins da Rocha Beleza
80 - Carlos Filipe Nobre
81 - António Manuel Brandão Pereira
82 - Heitor Manuel Jesus Lopes
83 - Sandra Cristina Nunes da Costa
84 - Maria do Nascimento Neto Pereira Coelho de Moura Paredes
85 - Bruno Diogo da Silva Correia Pedrosa e Rocha
86 - Rosa Patrícia Taveira Torres Lima
87 - Ana Paula de Sousa Teixeira Toledo de Azevedo
88 - Nuno Filipe Mendes Ribeiro Teixeira da Silva
89 - José Rodrigues da Silva Caiano
90 - Rudolf August Neves Appelt
91 - Maria Luísa Soares
92 - Maria Lucinda Santos Rodrigues
93 - Maria Henriqueta Oliveira Araújo
94 - Paulo Marcos Moreira de Matos
95 - Maria Fernanda Pereira de Sousa Teixeira
96 - Óscar Barros Malheiro
97 - Ricardo Jorge Correia Fernandes
98 - Maria de Lurdes Moura Lopes de Sousa Machado
99 - Eduardo da Fonseca Proença
100 - Ricardo Filipe da Silva Aguiar
101 - Maria de Fátima Moura dos Santos Proença
102 - Maria Carolina Guimarães Morais
103 - Pedro Teixeira da Silva Magalhães Ferreira
104 - José Ribeiro de Freitas
105 - António Augusto Ferreira da Silva
106 - António João Rodrigues
107 - Violeta Celeste de Jesus Correia Fernandes
108 - Sandra Mónica Grade Ferreira
109 - Daniela Alexandra Barros Carvalho Grade
110 - Miguel Duarte Fernandes Morais
111 - Maria Manuela Abreu
112 - Alfredo Pinheiro Pinto
113 - Manuel Aquino de Sousa Martins Paredes
114 - Domingos Frederico Tojal Ferreira Soares
115 - Ana Isabel Correia Moreira da Silva
116 - Magda Maria Baptista da Costa
117 - Maria Raquel Mendes Ribeiro Teixeira da Silva
118 - Júlio Morais
119 - Alfredo José Baptista de Sousa Pinto
120 - Carlos André Babo Pereira Leite de Carvalho
121 - Maria Luísa Simões de Carvalho
122 - Maria Cláudia de Abreu Mendes Ribeiro
123 - Alexandra Morais Sampaio
124 - Isabel Maria de Faria de Sá e Melo Castro Marques
125 - José António Guimarães Martins Soares

Suplentes1 - João Pedro Oliveira Marques de Amorim Ribeiro
2 - Manuel André Machado Ferreira da Silva
3 - Beatriz de Montalvão dos Prazeres de Castro Marques
4 - António Fernando de Madureira Salgado Rodrigues
5 - Paulo Manuel de Madureira Salgado Rodrigues
6 - Sónia Alexandra da Costa Vieira Gaspar
7 - Fernando Henrique Peixoto Coutinho
8 - Maria Emília Branco Bahia Ferreira

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Candidatura de Delegados à Assembleia Distrital do PSD do Porto, pela Secção do Porto - Comunicação do Cabeça de Lista

Caras (os) Companheiras (os)

No próximo dia 14 de Novembro vão-se realizar eleições de delegados do PSD da secção do Porto à Assembleia Distrital.

Com o apoio de um conjunto de militantes do Partido, cuja capacidade é de reconhecida valia técnica e política, decidi apresentar uma lista candidata à Assembleia Distrital.

Faço-o porque entendo que o tempo político é de uma responsabilidade acrescida para todos os militantes do PSD. Precisamos todos de um tempo de unidade mas não desejamos um tempo de unicidade.

É muito importante que os militantes participem no debate interno com vista à
convivência da pluralidade e diversidade de opiniões de modo a se constituírem as condições objectivas que permitam ao PSD voltar a ser o maior partido de
Portugal.
A importância da prática política liderada e protagonizada pelo PSD, em momentos significativos da história do País, foi sempre a de saber interpretar e mobilizar as energias da sociedade portuguesa, transformando esses momentos de mudança em momentos de grande importância para o desenvolvimento de Portugal.

Vivemos numa das regiões mais pobres da Europa a necessitar urgentemente de um desenvolvimento económico e social mais sustentado o que implica uma participação activa do PSD.

Nos tempos que se avizinham o sucesso deste nosso desafio vai depender em larga medida de dois factores: por um lado, conseguir motivar sectores mais dinâmicos da nossa sociedade e, por outro, envolver os nossos concidadãos em processos activos de decisão colectiva.

Esta candidatura não é uma candidatura contra ninguém, nem pretende assumir-se como bandeira de nenhum desígnio. É uma candidatura que se justifica por uma firme vontade de contribuir para o debate politico porque como dizia Francisco Sá Carneiro “saber estar e romper a tempo, correr os riscos da adesão e da renuncia, pôr a sinceridade das posições acima dos jogos pessoais – isso é a politica que vale a pena: aventura lúcida da prossecução do bem comum na linha sinceramente tida como a mais adequada ao progresso dos Homens.”

Com um abraço amigo
António Tavares

Anúncio da Candidatura de Delegados à Assembleia Distrital do PSD do Porto, pela Secção do Porto

Caras (os) Companheiras (os)

Há cerca de dois anos um conjunto de companheiros fundou no Porto, um movimento cívico de discussão de ideias e propostas, dando assim corpo à constituição do “Porto Laranja” como forma de intervenção activa, quer no seio do PSD, quer na Sociedade Portuense em geral, como um contributo válido de participação e debate.

Este movimento é um espaço livre, de intervenção, reflexão e de afirmação de valores e ideias.

Queremos um PSD mais forte, exemplarmente democrático e representativo dentro do seu interior, para que também o possa ser face ao seu exterior. Os militantes têm de ter a certeza de que a sua intervenção tem sentido útil. Um partido dinâmico não pode estar “enquistado”, não podem ser sempre os “mesmos”.

No próximo dia 14 de Novembro vão-se realizar eleições de delegados do PSD da secção do Porto à Assembleia Distrital.

Decidimos assim, enquanto militantes do PSD, concorrer a este acto eleitoral, tendo por base princípios alicerçados na participação dos militantes, dando voz ao valor da militância que é insubstituível, num partido como o PSD, que só será autêntico com o reforço da participação, criatividade e iniciativa das bases.

A lista que será anunciada em breve, será composta, por companheiros, que entendem dever ter neste momento de crise do País e do nosso PPD/PSD, um sobressalto cívico e político de participação, companheiros alguns da fundação do partido e muitos jovens, que querem intervir livremente, pelo PSD e por Portugal.

A lista será liderada pelo António Tavares, que é um militante desde sempre empenhado, e que dada a sua experiência, quer política, quer de intervenção em sectores dinâmicos da sociedade portuguesa, será um garante da qualidade política, que queremos assumir na Assembleia Distrital.

Um abraço amigo
Luís Artur

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Paulo Teixeira Pinto

Uma personalidade a que ninguém fica indiferente. Concorde-se ou não com ele, todos lhe reconhecerão inevitavelmente, assim se concentrem a escutá-lo durante breves minutos, a autoridade própria de uma craveira intelectual superior.

Uma breve análise do seu percurso pessoal e profissional, indicia desde logo estarmos perante um “peso-pesado”, seja qual for a óptica em que se observe. Foi um “peso-pesado” na política, voltou a sê-lo na alta finança e está em vias de o ser na cultura. Isto denota desde logo um espírito multifacetado e que, por via dos seus elevados conhecimentos e capacidade, deixa marcas por onde quer que passe. Do seu discurso destaca-se a solidez dos valores, ancorados por certo no seu carácter religioso, muito embora tenha confessado alguma descrença numa recente entrevista, motivada porventura por contingências da sua vida pessoal. Monárquico assumido, preside à Causa Real, sendo das poucas vozes com um argumentário lúcido e consistente contra o pensamento jacobino dominante.

Angolano de nascimento, mas português de nacionalidade – e com uma veia claramente nacionalista, a fazer jus à sua opção monárquica – tem uma dupla licenciatura em Ciências Jurídico-Políticas (Universidade de Lisboa) e em Ciências Jurídicas (Universidade Livre de Lisboa), tendo encetado a sua vida profissional como académico naquelas duas Instituições.

A partir de 1991, integrou o 3º governo de Cavaco Silva no qual chegou a Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e a porta-voz do governo. Foi nesta qualidade que se tornou figura pública, quando o seu semblante grave e sisudo nos aparecia quotidianamente no écran, relatando de forma sempre concisa e sem redundâncias as deliberações do Conselho de Ministros. Questões do foro puramente político da governação ter-lhe-ão inevitavelmente passado pelas mãos, não só por força da pasta que assumia, a reportar directamente ao Primeiro-Ministro, mas também pela vertente algo “doutrinadora” do seu carácter.

Com o fim do cavaquismo inicia uma carreira na banca, integrando-se no BCP onde, em 12 anos, ascende da Assessoria Jurídica a Presidente do Conselho de Administração. Dele saiu em 2007 na sequência de um conturbadíssimo processo de luta pelo poder, que lhe deixou marcas ainda hoje visíveis nalguma amargura que não consegue esconder. Legou-lhe porém uma marca, melhor dizendo, a marca Millennium, bem visível por todos e por cujo projecto, implementado em 2003, ele foi o principal responsável. Isto releva não tanto pela marca em si, mas pela osmose que veio potenciar, no âmbito do que se designou a “refundação” do Banco, na sequência de um processo de fusão que abarcou 4 grandes Instituições, o BCP, o BPA, o BPSM e o Banco Mello. É sabido que uma das questões mais delicadas em empresas transnacionais ou naquelas em que ocorram fusões, prende-se com a gestão intercultural, com a articulação de diferentes culturas que podem até ser antagónicas. Há casos de rotundos insucessos, o mais recente e significativo dos quais terá sido o da Daimler / Chrysler, cuja fusão redundou em posterior cisão, ocorrida há cerca de 3 anos. O Millenniumbcp constitui também nesta vertente um case-study, cujo mérito, em grande medida, deve ser creditado a Paulo Teixeira Pinto.

Da Banca passou para o mercado da edição, tendo em 2008 adquirido as editoras Ática e Guimarães Editores, sendo esta última uma referência no mercado, não só pelas edições e traduções de escritores estrangeiros de relevo, mas sobretudo por se tratar da editora de Agustina Bessa-Luís. É nesta altura que se revelaram 2 facetas suas pouco conhecidas, a de poeta e de pintor, o que nos revela alguém com um espírito sensível e observador, explicando porventura um temperamento reservado que transparece para terceiros, pelo seu ar sempre sério e algo taciturno.

O verbo e o número são as duas ferramentas do pensamento – uma asserção sua aquando do lançamento da sua primeira obra poética em Outubro de 2008, intitulada “LXXXI Poema Teorema”. A utilização hábil e articulada das ditas ferramentas sobressai em quase todas as suas intervenções e é nítida até no título do seu livro. O seu discurso prende qualquer um pela superior erudição, a que consegue aliar uma extrema clareza, sempre com um encadeamento fluido de vocábulos e números. Este encadear do verbo e do número também o transportou para a pintura e é tão enigmático na tela como clarificador no discurso.

Claro que ninguém é perfeito. Tem o seu “calcanhar de Aquiles” – na perspectiva da maioria dos membros do Porto Laranja – na forma como encara a Regionalização: total e assumidamente contra, tendo encabeçado um dos grupos a favor do “não” que se constituíram aquando do referendo. Paradoxalmente, é um “Dragão” dos 4 costados, o que é contraditório com uma postura centralista e poderá indiciar, quem sabe, uma evolução no “bom” sentido...

Não pretendendo entrar no “futebolês”, diria que ele encarna na perfeição a forma de ser e de estar de um verdadeiro Dragão: a agressividade na competição com os melhores e a ambição de ser melhor que os melhores. E, quiçá no seu íntimo e tonalidades à parte, não desdenharia associar ao FCP a mensagem publicitária da Guimarães Editores - esse azul traduz um vigor concordante com o melhor das aptidões humanas

No passado dia 5, Paulo Teixeira Pinto foi o orador convidado do nosso último jantar-debate, tendo-nos deliciado com uma autêntica lição de ciência política, que em breve detalharemos nestas páginas. Em nome do Porto Laranja, renovo os melhores agradecimentos por ter aceite partilhar connosco uma ínfima parte do seu imenso saber.